terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tudo passa, tudo passará...


Queria tentar escrever algo sincero, bonito, que venha realmente das bases do que sinto, do que penso, mas acho que já não consigo mais. Não por maldade ou protecionismo, e sim por achar que não me conheço. É tipo como um barco que segue um rumo que julga acima de tudo ser certo, mas ao chegar na encosta vê tantas luzes, que já não sabe mais onde aportar. Eu queria realmente acreditar que tenho um propósito, que todos os caminhos conspiraram para que eu chegasse até aqui, que sei exatamente o que fazer, mas estaria mentindo para mim mesmo. Na verdade acredito que, fingimos ter controle por medo, fingimos ser pessoas entrosadas em uma realidade ou contexto social, para fugir da incomoda sensação de que não fazemos a mínima idéia do por que existimos, de que estamos na verdade, completamente perdidos. Analiso e chego à conclusão de que então é melhor tentar não controlar as coisas, pensar em ter momentos bons, realmente agradáveis, pois foram eles que fizeram tudo isso valer a pena, e também porque me arrependo muito mais do que não fiz. Nada restara a gente a não ser sensações especiais, certo ou errado, enganação própria ou não, um sorriso é um sorriso, um beijo é um beijo, uma lágrima é uma lágrima, e nada disso pode ser tirado. Só não seremos injustos ou pouco convictos em nossas atitudes, pior do que não querer bem, é não saber o que querer. Ao passar por um jardim, ouvi um sopro de consciência que me disse “levai as rosas ao céu ou deixá-las em sua serenidade segura, porque quando a seiva acabar, não há madeira nem carne que resista, não há luxo que não perca o brilho e nem nota que não desafine... por que quando a música acabar, só nos restará apagar as luzes.”


Por Júlio Cesar

quinta-feira, 7 de outubro de 2010


“Eu me amo, eu me amo, eu não posso mais viver sem mim” Ultraje a Rigor.

Amor X Paixão

É engraçado recorrer a esse tema já tão batido. Parece que o mundo todo sabe que Paixão = ruim X Amor = bom. O fato é que em um se sente todas as emoções, aflições, dores, vontades, desesperos, ciúmes, carência e vem tudo junto e misturado formando uma bomba atômica de sentimentos que quando se consegue pensar e analisar (e isso é raro), fica a dúvida se realmente aquilo é estar apaixonado ou simplesmente um capricho egocêntrico que se manifesta ali, bem no meio, entre a vontade e a “necessidade” de querer estar ao lado da pessoa, mesmo fazendo mal a si mesmo.
Paixões avassaladoras e não correspondidas, dessas de novelas e filmes a lá Otelo, com grandes doses de cenas de ciúmes e choros convulsivos são realmente pra acabar com qualquer um. Até mesmo os que se julgam inatingíveis por sentimentos tão frívolos acabam por ceder e de repente se vêem se descabelando por... ora...se descabelam literalmente por nada!
Escutei um amigo dizendo sobre a esposa - “ela nunca foi apaixonada por mim”- e isso realmente me chocou, no bom sentido. São um casal lindo, que se amam, e isso dá pra ver de longe, mas essa declaração me fez parar pra pensar no que realmente a gente anda sentindo por aí achando que é uma coisa e na verdade é outra.
Aos poucos, e bem pouco mesmo, venho descobrindo que esse amor eterno deve ser extremamente gratificante, ao menos as promessas são. Como esse amigo aí de cima que conquistou a esposa devagarinho e foi cativando nela um amor imenso. Acho que deve ser muito gostoso de curtir e compartilhar esse tipo de sentimento. Ouvi de uma amiga casada recentemente sobre o ex e o atual - “Ele(o ex) era um sentimento doentio, eu rezava toda noite pra Deus me fazer casar com ele, agora (com o atual) eu tenho paz, ele sai com os amigos e só me preocupo com assalto”. Quer maior prova de amor? Alguém que te dê paz só pode te amar.
Não que as aflições de uma paixão correspondida não sejam boas, deve ser legal também, apesar de extremamente irritante ver pessoas apaixonadas loucamente. E não é porque eu estou amarga que falo isso não, acho chato gente feliz demais, sempre achei.
Pois bem, na verdade não há muitas considerações a fazer sobre esse tema né? Ou pode ser que haja, mas eu não sou a mais indicada pra dizer, pois sempre fiz a linha “qualquer paixão me diverte” – literalmente- é que comecei a parar pra pensar no que realmente ando sentindo e sei que dói, desespera, dá ciúmes, choro, raiva e não é bom pra mim porque no fundo, de tanto me preocupar com o outro, acabei esquecendo de uma pessoa linda, maravilhosa, perfeita e que me ama muito... Eu!

domingo, 15 de agosto de 2010


Já parou pra pensar no que determina sua vida?

O que faz dela ser o que é?

O que faz de você especial o suficiente para continuar desfrutando dessa maravilha que é viver?

Apesar de toda luta, sofrimento, testes que passamos diariamente estamos sempre ali, em pé, cabeça erguida, peito estufado como um soldado pronto pra a guerra. Isso sim é viver!O que não entendo muito bem é o que determina que vivamos mais ou menos nesse mundo. Tenho percebido que há muita gente boa indo e muita gente ruim ficando. Quer dizer, quem sou eu na ordem do dia pra determinar os bons e maus, mas as coisas começaram a acontecer de um modo que tudo parece estar fora de ordem. Minha curiosidade vai além, gostaria de descobrir o que determina o fim. O ultimo momento, o ultimo suspiro, a gota d´agua, o ultimo grão de areia que cai da ampulheta e finda uma vida. Quais critérios são utilizados para determinar o fim? Porque uma pessoa morre aos 17 e a outra aos 97? Pense se não é estranho uma pessoa de 20 morrer de câncer na cabeça enquanto a de 90 pede pra não ficar mais nesse mundo. Imagine o tanto de estórias engraçadas desperdiçadas que essa pessoa deixa, as viagens, amores, amigos que poderia ter feito. Fora o trauma entre amigos, parentes e irmãos. Sei lá, minha relação com perdas nunca foram boas, acho que pra ninguém é. O fato é que a aceitação das pessoas é mais complacente que a minha. Eu simplesmente não entendo determinadas coisas. Não me entra na cabeça que a vida tenha que ser assim. Não aceito que uma mãe não veja o crescimento do filho, que não sinta a emoção de vê-lo se formando, constituindo a vida, tendo seus netos. É inconcebível que sonhos se desfaçam assim, como um toque de magia negra. Pode até ser que minha concepção de fim seja mais triste que o habitual, eu sei, sou o drama em pessoa, mas afinal de contas ninguém nunca voltou pra dizer se do outro lado é melhor ou pior que aqui não é mesmo? Logo, assumo a postura que aqui está bom demais. Recentemente um amigo me falou que não imaginava como seria morar com o pai que faleceu há mais de 10 anos. Achei triste, bem triste porque eu tenho meu pai até hoje e sei que posso contar com ele sempre. Não que meu amigo não tenha outras pessoas das quais ele possa contar, mas porque eu posso ter meu pai até hoje e ele não? Acho injusto. Enfim, quem disse que seria justo, fácil e lindo viver né? Temos todos esses percalços e isso é que nos faz ser mais fortes e ainda temos que agradecer até pelas desgraças. Assim que nos pregam não é mesmo? Sei que ando meio confusa com esse mundinho.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Essência...


Somos egoístas. A verdadeira essência que nos domina desde o momento da concepção não é a bondade, nunca foi. Somos contaminados dia e noite com bombas de informação de tudo que gostaríamos de ter, e gostaríamos de ter tudo e mais um pouco se fosse possível. Não nos damos conta que em um mundo vazio estamos tão cheios de nós mesmos que as coisas boas simplesmente passam ao nosso redor, ao alcance das mãos e perdemos. Deixamos que escorregue como areia pelos dedos. É simples assim.
Não se importar aos sentimentos alheios é algo tão corriqueiro que magoamos e ferimos com sorrisos nos lábios. Não há certo ou errado, o umbigo definitivamente virou o centro do universo e o que não acontece ao redor dele é descartável como toda gama de sentimentos que a era moderna extinguiu para dar lugar somente às vontades. O supérfluo chegou e veio pra ficar.
Aos românticos de plantão, sorry! Essa fase ficou definitivamente no século passado, ou retrasado, mas ainda sobraram literaturas de Shakespeare e afins, para quem idealiza o grande amor. Pode até não ser real, mas dá pra perder algumas horas sonhando em lutar até a morte por um amor impossível.
Hoje em dia, o grande amor deve vir acompanhado de um apartamento em uma boa localização, um carro do ano e um cartão de crédito de limite bem alto. “All you need is Love” se transformou no “Diamonds are the girl best friend”. Lamentável.
O estresse é a desculpa para todos os males, inclusive os do coração e o prozac virou bala 7 belo nas mãos nervosas daqueles que não suportam a realidade nua e crua do dia-a-dia barulhento e corrido e se acalmam ao misturá-lo com uma boa dose de vinho, ou a garrafa inteira.
Pois é, foi o que nos sobrou. Aquilo que escolhemos quando mordemos a inocente (ou indecente?) maçã que era a única coisa que teria de permanecer intacta para desfrutarmos serenamente no paraíso. Fizemos a escolha, arquemos com as conseqüências dessa loucura cotidiana que chamamos de vida. E sem reclamar, por favor. Não há nada pior que reclamações por algo que não se possa fazer. Apenas viva meu querido amigo. Viva e tente se divertir criando ilusões de que pode sim haver um mundo perfeito, lindo em que todos se entendam, amem e respeitem. Viva e pare de se preocupar com contas, afinal, são apenas contas. Viva e finja que não sente, que não se importa, que não ama, pois o fingimento é a parte mais engraçada disso tudo e você pode exercitar o quão ator pode ser posando de bom moço ou apenas sendo você mesmo. Mau, que é a verdadeira essência do ser humano.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Rotina...


Acordar
Agradecer a Deus por mais um dia de trabalho.
Colocar a música preferida, ou aquela que se está na cabeça,
Tomar banho pensando em tudo que tem de ser feito,
Escolher a roupa, maquiagem, sapato,
Imaginar como seria acordar ao seu lado, os diálogos, as caras e bocas,
Fazer o café
Correr para não se atrasar no trabalho
Trabalho-café- trabalho-café- trabalho.
Almoço
Trabalho-café-trabalho.
Chegar em casa
Tirar os sapatos dos pés cansados
Ver alguma notícia na internet
Conversar um pouco com a mãe que está longe
Ver Jornal Nacional, invejar William e Fátima por serem felizes em tudo,
Deixa a novela pra lá
Beliscar uma besteira qualquer
Banho
Deitar
Imaginar como seria ter aquele abraço toda noite pra dormir...
Acordar...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Coração...





Era uma vez um Coração. Era um coração lindo, vermelho, redondinho, em perfeito estado que batia forte como o jovem coração que era. Um dia, o Coração conheceu algo excepcional. Começou a ter palpitações, batia sem ritmo e liberava tanta energia que até o Estomago sentia. Esse Coração havia se apaixonado, e se apaixonara de uma forma tão pura, tão linda, tão deliciosamente apaixonante que, como todo bom coração, esqueceu de consultar a Cabeça pra saber o que ela achava. Logo ela, tida sempre como tão sábia, e inteligente, estava também se perdendo por causa da paixonite do Coração. Raciocinava pouco, pensava muito do motivo da paixão do Coração e deixou-se envolver demais naquele circo todo que o danado Coração armou.
Para felicidade geral e entusiasta de todos, ele estava sendo correspondido. Pulava, saltitava, batia, batia, batia e quando o telefone ou a campainha tocava, ele já ia logo se alegrando achando que era o ser amado.
E o Coração conheceu sentimentos de felicidade, amor, paixão, tesão, alegria, tudo junto e misturado e ficou até descompassado. Tinha motivos, tinha algo que lhe dava alegria e prazer, tinha outro coração que lhe pertencia e aquilo chegava a ser bom demais pra ser real. Ainda mais pra ele, que se julgava um Coração tão simples. Nobre Coração.
O tempo passou, a euforia acalmou e o Coração estava apaixonado, porém um pouco mais quieto, como sempre acontece com o passar do tempo. O que ele não esperava, era que o motivo de sua alegria não estava mais contente. Na verdade, ele nunca havia sentido da mesma forma, e no seu modo de entender ele estava certo em não querer mais fazer parte da vida do Coração, pois se sentia caluniador e até gostava do Coração, mas nem tanto. Pobre Coração.
Então o Coração foi abandonado, rejeitado. Apenas abandonado porque não era amado como amava, porque havia se entregue totalmente pedindo apenas para ser amado e nem isso conseguira. E o Coração se partiu, rasgou, sangrou, entristeceu e ficou cinza, se sentiu até incompetente. Em sua mágoa e tristeza, não via mais alegria nas coisas, não via mais cores no seu dia, não via o brilho que havia. Chegou a um ponto em que ele nem via mais motivos para continuar batendo. Não havia por que.
E assim ficou por muito tempo, apenas batendo por bater e sem querer se envolver com outro coração. Na verdade ele ficou com muito medo, pois sabia o quanto era bom amar, mas sabia o quanto era ruim não ser amado. Haviam traumas, medos de se decepcionar novamente e isso o barrara em várias oportunidades de corações abertos que encontrava por aí afora. Na verdade, o Coração passou a consultar sua velha amiga Cabeça e juntos, formavam uma espécie de dupla racional contra o sentimento. A cabeça não deixava o coração transpassar determinados limites e o Coração firmemente resistia.
O tempo passou e passou quando as cicatrizes se tornaram mais amenas, ele pode finalmente encontrar outros motivos que lhe dava alegria. Encontrou a força da amizade, que não deixa de ser amor também, e aprendeu a ser feliz sem o louco amor.
Hoje, ele e a Cabeça até pensam novamente em se deixar levar de vez em quando, só pra ver se consegue realmente amar de novo, mas tem medo, tem muito receio com o que pode ser feito dele e prefere, ao menos por ora, se dar aos pouquinhos, com moderação. Coração medroso.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Nostalgia...


Gostaria de um dia poder olhar novamente nos teus olhos e sentir que todo esse tempo realmente foi desperdiçado. Desde que te conheci, sempre tenho os altos e baixos pensando em como as coisas poderiam ter sido diferentes se eu tivesse mais maturidade e você menos.
Confesso que pensei diversas vezes que você não mais me afetaria depois de tanto tempo, que realmente havia passado e deixado pra trás, como todo o restante da garota certa que fui. Engano meu. Você ainda me afeta. Obviamente que andar pela rua de onde você me escrevia em uma metrópole de 10 milhões de habitantes é uma coincidência cruel e olhar para os lados te procurando é inevitável. Cada vez que abre a porta do metrô eu penso: - Ele poderia sair dali agora, e quando nada acontece, vejo minha inocência em querer te encontrar ao acaso em um formigueiro. Obvio que não aconteceria.
Imagino como está sua vida agora. Se tem filhos, casou-se, mudou-se, enfim, em como realmente você está. É como se pensasse em um velho amigo que não tenho noticias há tempos e sinto imensa falta, só que a falta que sinto não é do amigo, é do cara que se preocupava comigo, que não se importava em pagar contas astronômicas de telefone desde que eu atendesse, que ligava 17 vezes no dia só pra ouvir minha voz e cancelava jantares pra ficar escutando as baboseiras que eu falava, que brigava quando eu saia e não avisava. Aquele cara legal que me fez um presentinho bobo com todo carinho e que me ligava da Paulista às 3 horas da tarde pra ouvir minha voz. Sinto falta. Sinto muita falta e isso me bloqueia demais até hoje. Sabe, um sentimento de que nunca mais gostarei de alguém assim? Até prefiro, não me envolver tanto pra não ter que sofrer depois. Finais são tristes e não quero mais tristezas.
De tudo, algo que você me disse na ultima vez que nos falamos e que não sai da minha cabeça porque como alguém poderia usar um clichê tão antiquado para dar fim a algo. Você me disse: - “Você é muito especial, eu não”. Isso me faz rir e ao mesmo tempo pensar. Será? Será que ele falou realmente achando que eu acreditaria nisso ou simplesmente achou um modo menos traumático, porém igualmente covarde para dizer que não queria. Pois é, ainda penso em você na Heitor Penteado, mas hoje a certeza é outra, de que eu realmente sou muito especial, você não.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sai...


Não venha me pedir calma.
Fico nervosa quando e o quanto quiser!
OK!!!
Não quero que se intrometa na minha vida, nunca precisei de um dedo teu e não é agora que vou precisar.
Não venha dizer que me adora. Ora bolas, ambos sabemos do que você gosta.
Sai por essa porta, esvazie minha casa, saia da minha vida e nunca olhe pra trás. De ti não desejo nem o olhar, nem o remorso, nem a culpa. Suma! Desapareça!
Antes acreditava que eu não era suficientemente boa pra ti, hoje vejo o oposto. Sou boa demais, a melhor que você nunca mais terá nem igual, nem melhor, sou a única.
Você me cansou e infelizmente peguei uma birra tão grande que não consigo mais nem olhar pra essa sua cara. E engole o choro que detesto sentimentalismo. Sai da minha casa, da minha vida, da minha alma que hoje quem não te ama mais sou eu.
Cansei das falsas despedidas, dos fim de noites, fim de festas, hoje quero ser o começo, nada mais além do começo puro e sincero.
Não nego que o que tivemos foi bom. Foi. Foi excelente. Mas dizem que tudo tem seu fim, e hoje é o nosso. Sinto muito. Acabou. Só peço pra que feche a porta ao sair, mas saia agora!E nunca olhe pra trás.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Tatuagem...


Às vezes encarno com uma musica e parece que o negócio sai do giro. Atualmente Chico Buarque tem me feito perder a cabeça. Difícil Chico fazer isso né. Acordo e vou dormir escutando esse homem com alma de poetisa cantar suas canções que parecem feitas sob medida pra cada situação. Como escreve bem, meu Deus.Aliás, devo pedir perdão por me atrever escrever algo sobre esse gênio maravilhoso. As letras de Chico,parecem coisa que ele pegou um papel do pão de manhã com aquela cara de sono, aqueles grandes olhos verdes e começou a rabiscar e pronto, sai do nada as coisas mais belas que todo coração de mulher gostaria de ouvir. Não é a toa que “hoje em dia toda criança já nasce querendo ser Chico Buarque” já disse o Jô. E Ele está certíssimo, quem dera tivéssemos ao menos um Chico em cada geração. Teríamos muito mais poesia, e dor de cotovelo sim, porque não?.Afinal quem nunca sofreu de dor de cotovelo que atire a primeira pedra. Tenho ouvido muita coisa do queridíssimo, mas prefiro as românticas. Com muito açúcar e afeto, eu ouço essa poesia magnífica e não canso. Tatuagem. Quem nunca imaginou algo assim. Delicioso, quente, aconchegante. Olhem a letra, escutem a música, se não é uma musica feita pra amar. E não me refiro a um amor qualquer, essas paixonites passageiras que dão até vergonha depois que passa,que a gente acha que vai ser pra sempre e acabam sem começar. Esse é um amor pra vida toda de verdade, com paixão, tesão, e cumplicidade, algo que ainda desconheço, e se um dia chegar a acontecer, que marque como tatuagem...

Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava (sempre sua)
Que você pega, esfrega, nega
Mas não lava (toma cuidado sempre...)
Quero brincar no teu corpo feito bailarina (bailarina...sei)
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem (delicia)
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta
Morta de cansaço (que isso...)
Quero pesar feito cruz nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem
Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marcada a frio, a ferro e fogo
Em carne viva
Corações de mãe
Arpões, sereias e serpentes
Que te rabiscam o corpo todo
Mas não sentes

Essa música realmente mexe...

sábado, 23 de janeiro de 2010

A turma...


Pra andar na turma você tem que ser legal, mas não muito
Tem que aguentar quando é sua vez de ser tirado e ser impiedoso quando for tirar sarro de alguém
Tem que ser bom de copo e beber de tudo que colocarem na mesa, de vinho fino, cerveja quente, a tequila barata.
Tem que chorar as pitangas.
Tem que contar os feitos heróicos pra todo mundo ficar sabendo
Tem que ser bom de garfo, pra comer de risoto a frango com farofa.
Tem que ser autêntico pra falar, fazer e não se arrepender das merdas que faz.
Pra ser da turma, você tem que ser bom de coração, mas saber fazer maldade quando necessário também.
Pra andar na turma, você tem que se despir de todo e qualquer preconceito, de preto, de viado, de mais novo ou mais velho
Pra ter a turma você tem que saber uma hora ou outra você vai dar selinho em todo mundo...principalmente nos churrascos depois de altas cervejas
Pra ser da turma você tem que gostar de criança, porque turma nenhuma é completa sem o xodózinho.
Pra querer entrar na turma você tem que saber contar piada, principalmente as sem graça que aí todo mundo vai tirar sarro.
Pra ser da turma você tem que ser inteligente.
Pra ser da turma você tem que saber falar proporções homéricas de abobrinhas.
Pra ser da galera, tem que ter um drink que você saiba preparar como ninguém no planeta(importantíssimo).
Tem que saber se divertir mesmo com o churrasco rolando debaixo da maior chuva do planeta.
Todo mundo da turma tem que te rum pouco de filósofo, médico, advogado e Homer Simpsom.
Toda turma tem que ter o pateta, estabanado, o bêbado chato, o feliz, o mau humorado, o Sr da Razão, inocente, o crédulo, o incrédulo...e por aí vai
Tem que gostar de boa música, bons livros e bons filmes, pra quando juntar com outra turma parecerem intelectuais...hahahaha
Pra ser da turma, você tem que ter o seu parzinho, mesmo que ame a todos, sempre tem um que você ama mais né.
A turma é a sua segunda família, sem ela você é apenas mais um. Ela completa, dá a mão, o bolso e se preciso até a casa pra você morar por uns tempos difíceis.
A turma é algo sagrado, maior que qualquer dinheiro, imóvel, carro importado que se possa querer, porque sem turma a vida seria muito chata. E viva a minha turma...a melhor do mundo!!!