quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Tatuagem...


Às vezes encarno com uma musica e parece que o negócio sai do giro. Atualmente Chico Buarque tem me feito perder a cabeça. Difícil Chico fazer isso né. Acordo e vou dormir escutando esse homem com alma de poetisa cantar suas canções que parecem feitas sob medida pra cada situação. Como escreve bem, meu Deus.Aliás, devo pedir perdão por me atrever escrever algo sobre esse gênio maravilhoso. As letras de Chico,parecem coisa que ele pegou um papel do pão de manhã com aquela cara de sono, aqueles grandes olhos verdes e começou a rabiscar e pronto, sai do nada as coisas mais belas que todo coração de mulher gostaria de ouvir. Não é a toa que “hoje em dia toda criança já nasce querendo ser Chico Buarque” já disse o Jô. E Ele está certíssimo, quem dera tivéssemos ao menos um Chico em cada geração. Teríamos muito mais poesia, e dor de cotovelo sim, porque não?.Afinal quem nunca sofreu de dor de cotovelo que atire a primeira pedra. Tenho ouvido muita coisa do queridíssimo, mas prefiro as românticas. Com muito açúcar e afeto, eu ouço essa poesia magnífica e não canso. Tatuagem. Quem nunca imaginou algo assim. Delicioso, quente, aconchegante. Olhem a letra, escutem a música, se não é uma musica feita pra amar. E não me refiro a um amor qualquer, essas paixonites passageiras que dão até vergonha depois que passa,que a gente acha que vai ser pra sempre e acabam sem começar. Esse é um amor pra vida toda de verdade, com paixão, tesão, e cumplicidade, algo que ainda desconheço, e se um dia chegar a acontecer, que marque como tatuagem...

Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava (sempre sua)
Que você pega, esfrega, nega
Mas não lava (toma cuidado sempre...)
Quero brincar no teu corpo feito bailarina (bailarina...sei)
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem (delicia)
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta
Morta de cansaço (que isso...)
Quero pesar feito cruz nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem
Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marcada a frio, a ferro e fogo
Em carne viva
Corações de mãe
Arpões, sereias e serpentes
Que te rabiscam o corpo todo
Mas não sentes

Essa música realmente mexe...

Um comentário:

Èle Agà disse...

que beleza hein... desandou a escrever agora né...