segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Voltas...

Temos muito em comum...Sempre tivemos e sempre foi uma via de mão dupla contornar tudo que sentia durante tanto tempo. Talvez seja por isso que me sinto tão em paz agora. Esperei tempo demais, amei sozinha tempo demais, cansei de dividir apenas alguns poucos momentos contigo. Sei que não escolhi a melhor hora bombardear tantas informações e por isso te peço perdão. Como amiga, deveria saber a hora de dizer o eu te amo de amiga e deixar para outra hora o eu te amo como mulher. Como mulher, não consegui mais esconder algo que todos sempre viram, quase ninguém respeitou e por isso sim eu disse e repito, agora em sã consciência que o meu amor por você é e sempre foi real. Precisei de 20 anos pra admitir, precisei de muita tequila pra falar, mas não precisei de coragem pra te beijar. Foi tudo como tinha que ser. Mesmo que agora não dê em nada, tinha que ser assim ao menos por uma noite. Uma noite em que você me cobrou por coisas que eu nem sabia que lhe eram importantes, que eu te disse o quão importante e especial você é na minha vida e que isso ninguém nunca vai tirar de mim. Me lembrarei para sempre de da frase: "porque não foi você?" Pode falar que é mentira, agora que recobrou a consciência(de praxe) não ligo. Sei o que ouvi, sei o que falei.
Agora tudo se acalma, como sempre.
Talvez sua cabeça esteja uma confusão ainda maior que a minha.
Talvez seja apenas ressaca. Infelizmente não é tomando um engov que vai passar.
Talvez o encontro do ano que vem seja diferente e daremos muita risada dessa noite. Talvez não...
Tentar explicar algo agora é inviável, não teria sentido, perderia toda a graça...e foi uma graça!
Sempre tive comigo que você era mais que um amigo. Mesmo não estando mais apaixonada, era (e até hoje é) difícil ficar ao seu lado sem sentir aquele frio insuportável e delicioso que sobe e desce a espinha, e nessa hora que eu me pergunto: porque isso? E quando eu menos penso que não há resposta, ela me vem tão clara e límpida que quase dá pra agarrar com as mãos. Porque você entrou no meu coração naquele segundo em que minha mãe disse: Filha, aquele é o filho dela. Vai lá brincar com ele porque ele ainda não tem amigos aqui.
Nossa estória começou assim, cedo demais, inocente demais, linda demais...e "não estará pelo avesso asism sem final feliz"
Tudo que eu sempre quis te dizer foi dito, não há mais nada que eu tema em relação a você, NADA! Nem o seu "não", isso se a resposta for não...

domingo, 10 de agosto de 2008

Será?

Não tenho medo de morrer só
Não sei porque, mas ao longo dos anos aprendi que a solidão tem seu lado positivo de tranquilidade e paz
Quando jovem, aprendi a amar, ceder, compartilhar
Hoje tudo é passado
Sim, tive amores tão lindos e belos como os romances de cinema
Sim, me dei demais, tanto que quase não sobra nada para minha velhice
Agora me vejo só
E não sinto vontade de ter ninguém ao meu lado
A paz que o silencio me traz é algo fascinante
Meus livros
Meus antigos discos
Minhas lembranças
São meus artigos de luxo
Não os troco nem trocaria por nada
Sofrer, é algo pelo qual se opta
Viver, é algo inestimável
Sento e vejo o pôr do sol sozinha
É prazeroso
Não deixaria de ser
Apenas sou alguém que não aprendeu a partilhar e não se deixa sofrer por isso
Sou feliz em minha solidão
E aprendi que é bom viver sem a presença de ninguém
Solidão é algo bom quando se aprende a lidar com ela
E assim sigo
Sozinha


quinta-feira, 31 de julho de 2008

Me empreste uma frase que lhe dou um poema...

Por onde passo deixo rastro
E é um rastro tao meu que todos sabem que fui eu quem passou por ali
Sou forte
Sou único
Deixo os rastros, não para m
e seguirem
Mas para saberem que sempre estarei à frente
Por onde passo deixo rastro

E todos sabem que sou eu

Nota: Na verdade meu amigo LH não me emprestou e sim mostrou a primeira frase que eu me apossei. Como o SER é muito generoso, não ligou e autorizou a publicação.
Grata amigo...te adoro

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mãos dadas...

Ai essas mãos dadas...nunca achei que chegaria o dia em que eu fosse me importar com as tais mãos dadas, juro que não.

Sempre fui muito auto-suficiente para pensar que me faria falta algo tão "supérfluo", mas ultimamente anda fazendo muita falta, ou pior, me incomoda.

Sim, me incomoda não ter uma mão para andar por aí. É demasiadamente piegas, eu sei, mas sinto que, pela primeira vez na vida, me vejo com o coração livre, tão livre que acabou por se tornar solitário.
As mãos dadas são um sinal de carinho, respeito, algo extremamente íntimo que se torna público para que todos saibam que ali tem algo sério. Engraçado como algo tão simples tem um significado tão amplo. Passa me a sensação de companheirismo, amor, cumplicidade, amizade...união. Estar unido a alguém por livre e espontânea vontade. Passar os dias pensando em algo para agradar o outro. Mimar, ver filmes, fazer cafuné, rir juntos, as vezes chorar...um ombro amigo, noites mal dormidas, dividir a cama, o cobertor, a vida e toda essa gama de coisas ridiculamente lindas que os apaixonados fazem.
Acho que sensibilidade anda meio que a flor da pele, sabe, como aquela música "ando tão a flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar". Esses dias frios faz falta um cobertor...
Sim, admito que quero uma mão mais que amiga só para mim!!! Cansei de fingir não me importar com isso. Cansei de parecer tão independente, durona. Cansei de me sentir tão sozinha. Hoje quero sim compartilhar meus dias, e principalmente minhas noites, sei que demanda tempo encontrar alguém especial que realmente valha a pena pensar em algo mais. O importante é que hoje sinto que estou preparada para dar as mãos a alguém.



quinta-feira, 6 de março de 2008

Mais uma de amor...Mal resolvido!

Preciso de respostas.
Esse mundo está louco ou simplesmente eu estou perdendo a sanidade mental
Juro que certas coisas me fazem refletir sobre o estado psicológico das pessoas.
Não entendo, como em um mundo tão necessitado de amor, as pessoas ainda insistem em fingir, esconder um sentimento como esse. Sabe novela mexicana? Me sinto coadjuvante de uma. A amiga que tenta fazer a Estrela enxergar como é lindo o sentimento dela pelo Galã Confuso e que esse, só pra variar, é simplesmente louco por ela.
Poxa vida gente, se dar uma chance faz parte. Ser feliz é tão bom. Posso não ser a pessoa mais indicada pra dizer isso, pois deixei muitas chances passarem e nem sou feliz ao extremo como gostaria, mas para quem tem tudo isso nas mãos, acho que facilita o processo.
Tente você ver duas pessoas que se amam. Visivelmente apaixonadas e com tanta sintonia que colocam a mesma cor de roupa sem saber. Tão ligadas que parece que dá pra ver a dor física da saudade quando ficam muito tempo sem se ver. Tão vidrada uma na outra que ficam se escondendo atrás da tela de um computador para não se encarar. Tão lindamente loucos e apaixonados que se encontram a uma e meia da manhã para simplesmente conversar. E não se beijam porque "aconteceu muita coisa problemática".
Claro, como toda estória, tem uma bruxa, e nesse caso a bruxa acha que é princesa, mas tem cara de bruxa, nariz de bruxa e se duvidar tem uma vassoura igual a do Harry Potter. No entanto, acho que é atribuído muito valor a essa bruxa, enfim ela podia encontrar um sapo e se casar com ele...estaria de bom tamanho.
Acho que a Estrela deveria esquecer as trapalhadas do Galã Confuso e ver o que acontece daqui por diante. Dar uma nova chance, fazer acontecer de verdade. Eu sei que por inúmeras vezes ele fez bobagem mesmo, mas quem sabe não mudou né? E eu gosto tanto de finais felizes e melosos. Sim, eu sei que estou sendo egoísta ao extremo aqui, mas aqui é o MEU canto, portanto, serei egoísta em desejar que a Estrela tão querida dê uma nova chance e o Galã, por sua vez, tome juízo. Que conversem, que se beijem, que sejam felizes novamente, porque todos que os conhece vê que nasceram um para o outro...e que seja esse o final feliz dessa estória. Ou seria novela?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Pedido de desculpa?

Então depois de 4 anos eu te reencontro. Não é o reencontro que eu queria. Nem o que eu imaginava. Nem perto do que eu gostaria que fosse.
E como há quatro anos atrás, as promessas são as mesmas, as reclamações, idênticas, o beijo, o olhar, o modo de dizer que me amou como a nenhuma outra. Tudo exatamente igual. Claro que nessa igualdade de pensamentos eu continuo não acreditando em uma palavra do que você diz. Mesmo com a namorada irritantemente parecida comigo.
Estranho, nunca me senti apaixonada por você e não estou agora. No fim da contas é disso que você tanto reclama, mas não posso fazer nada, não nascemos um para o outro. Prova disso são os diferentes rumos e escolhas que cada um de nós fez. No entanto, suas palavras me incomodam. Me dão a sensação de que uma parte da minha vida poderia sim ter sido muito diferente. Que poderíamos, talvez, ter sido um casal extremamente feliz. Me incomoda a ponto de me tirar o sono e me fazer vir desabafar aqui as dez para seis da manhã, simplesmente porque me sinto culpada por não ter lhe dado ao menos a chance de tentar me fazer feliz.
Você foi o primeiro, apenas isso. Muitas vezes desejei que não tivesse sido. Que podia e deveria esquecer essa parte da estória. Que tinha sido o cara errado. Mas quando você disse: "eu te odeio"- percebi que para você nunca foi diversão. Que foi muito especial, de fato, e que talvez realmente eu seja o teu "caso mal resolvido". Apesar de achar isso um exagero imenso.
Acho que só me resta pedir desculpas. Desculpas por não acreditar em suas "mentiras sinceras", por achar que realmente você fala demais e age de menos. É que temos dois valores e duas medidas.
Espero que você perca meu número. Deveria ter insistido que não era uma boa idéia. Mas você sabe me vencer pelo cansaço. Me irritar. Me deixar nervosa com suas questões infinitas sobre porque eu sempre te evito. E a resposta será sempre a mesma. Porque você me faz sentir muito culpada. Não que eu acredite no que você diz. Simplesmente porque nem as tais "mentiras sinceras"eu posso te oferecer. Para mim será sempre alguns beijos e muitas discussões.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Ambigüidade...

Às vezes a melhor alma do mundo. Às vezes a bruxa mais horrenda.
Às vezes a irmã mais velha. Às vezes a vizinha invejosa.
Às vezes a mãe que tudo resolve. Às vezes a filha que só faz confusão.
Às vezes, a calma. Muitas vezes a agitada.
Às vezes a leal. Às vezes a falsa.
Às vezes a adulta centrada. Às vezes a criança rebelde.
Às vezes a legal, muitas vezes a insuportável.
Às vezes a realista. Às vezes a sonhadora demais.
Às vezes a carente. Às vezes a super independente.
Às vezes a namorada. Às vezes a sogra.
Às vezes a moleca. Raramente a mulher.
Às vezes a tempestade. Às vezes a calmaria.
Às vezes a batalhadora. Às vezes a derrotada.
Às vezes a apaixonada. Às vezes a desapegada.

Às vezes a nostálgica. Às vezes a de vanguarda.
Às vezes a esperta. Às vezes a lesada.
Às vezes a alegre. Às vezes a triste.

Às vezes o fim. Às vezes o começo e o recomeço.
Às vezes a paciente. Às vezes a irritada.
Às vezes a insana. Às vezes a coerente.
Às vezes a jóia. Às vezes a bijuteria.

Às vezes a partida. Às vezes a chegada.
Às vezes a amiga. Às vezes a inimiga.
Às vezes a inteligente. Às vezes a ignorante.
Às vezes a inexistente. Às vezes o centro do Universo
Às vezes o ar. Às vezes a falta dele.
Às vezes o ódio. Às vezes o amor.
Às vezes o coração. Às vezes a cabeça.
Às vezes o tudo. Às vezes o absoluto nada.

Às vezes vivo. Às vezes morro.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Briguentos...

Não é que somos briguentos, mandões, chatos, insensíveis...é que defendemos o que é nosso(ou que achamos que é) com tanto afinco que isso nos torna um tanto irracionais. Temos nossos próprios meios de dizer eu te amo sem precisar falar, apenas no olhar ou em um gesto menos grosseiro. Obviamente que é muito difícil de entender quando não se é um Teixeira legítimo. Digo legítimo porque Teixeira que é Teixeira não pede, manda! E fim de papo! E foi assim que eu aprendi(ou nasci sabendo?). Dos Teixeiras lá de casa, a mais Teixeira sou eu. As vezes mando tanto que mando no Teixeira mór (meu pai).
Os assim denominados possuem características distintas dos outros membros da família. Sim, fisicamente todos se parecem , com seus olhos cor de mel, cabelos castanhos e narizes perfeitos, mas o que em mais se parecem é no gênio. Ruim? Um pouco sim, seria "tapar o sol com a peneira" dizer que somos todos anjos, porém de corações nobres e generosos. Pois é, mas estamos entrando em extinção. Ontem perdemos o mais Teixeira de todos. Tão teimoso que mesmo com todos dizendo o que ele "deveria" fazer, ele foi contra...20 anos sendo contra a opinião alheia. Isso é que é um Teixeira!!! Teimoso, turrão, birrento, porém de perseverança e inteligência ímpares.
Bruscamente o perdemos e escrever algo a seu respeito não me saia da cabeça até sentar e começar a digitar. Não somente porque era meu padrinho, mas um cara que eu tinha como lição de vida. Não de humildade, não é nosso ponto forte, entendo. Não de carisma, aplica-se aquele "muito amado por poucos e detestado por muitos", mas que sabia ser gentil, amigo e falar merda como ninguém.
Sentirei falta da simplicidade com que você expunha suas idéias e me fazia sentir uma anta. Sentirei saudades de suas visitas surpresas, dos jogos de truco mal jogados propositadamente, dos espetinhos-de-gato na frente do mercado, das bebedeiras no fim da tarde e dos altos papos de madrugada. Não eram hábitos corriqueiros, mas foram demasiadamente bons e necessários serem lembrados.
Me lembro quando era criança, de esperar logo o natal chegar para que você chegasse logo com ele. Era certamente o tio preferido. Que me fez deixar de crer em Papai Noel sim! A maldade Teixeira falou mais alto aquele ano, mas o que é um velho de mentira perto um velho real como você né?
Te amo. Te amarei sempre como meu segundo pai.