quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Pedido de desculpa?

Então depois de 4 anos eu te reencontro. Não é o reencontro que eu queria. Nem o que eu imaginava. Nem perto do que eu gostaria que fosse.
E como há quatro anos atrás, as promessas são as mesmas, as reclamações, idênticas, o beijo, o olhar, o modo de dizer que me amou como a nenhuma outra. Tudo exatamente igual. Claro que nessa igualdade de pensamentos eu continuo não acreditando em uma palavra do que você diz. Mesmo com a namorada irritantemente parecida comigo.
Estranho, nunca me senti apaixonada por você e não estou agora. No fim da contas é disso que você tanto reclama, mas não posso fazer nada, não nascemos um para o outro. Prova disso são os diferentes rumos e escolhas que cada um de nós fez. No entanto, suas palavras me incomodam. Me dão a sensação de que uma parte da minha vida poderia sim ter sido muito diferente. Que poderíamos, talvez, ter sido um casal extremamente feliz. Me incomoda a ponto de me tirar o sono e me fazer vir desabafar aqui as dez para seis da manhã, simplesmente porque me sinto culpada por não ter lhe dado ao menos a chance de tentar me fazer feliz.
Você foi o primeiro, apenas isso. Muitas vezes desejei que não tivesse sido. Que podia e deveria esquecer essa parte da estória. Que tinha sido o cara errado. Mas quando você disse: "eu te odeio"- percebi que para você nunca foi diversão. Que foi muito especial, de fato, e que talvez realmente eu seja o teu "caso mal resolvido". Apesar de achar isso um exagero imenso.
Acho que só me resta pedir desculpas. Desculpas por não acreditar em suas "mentiras sinceras", por achar que realmente você fala demais e age de menos. É que temos dois valores e duas medidas.
Espero que você perca meu número. Deveria ter insistido que não era uma boa idéia. Mas você sabe me vencer pelo cansaço. Me irritar. Me deixar nervosa com suas questões infinitas sobre porque eu sempre te evito. E a resposta será sempre a mesma. Porque você me faz sentir muito culpada. Não que eu acredite no que você diz. Simplesmente porque nem as tais "mentiras sinceras"eu posso te oferecer. Para mim será sempre alguns beijos e muitas discussões.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Ambigüidade...

Às vezes a melhor alma do mundo. Às vezes a bruxa mais horrenda.
Às vezes a irmã mais velha. Às vezes a vizinha invejosa.
Às vezes a mãe que tudo resolve. Às vezes a filha que só faz confusão.
Às vezes, a calma. Muitas vezes a agitada.
Às vezes a leal. Às vezes a falsa.
Às vezes a adulta centrada. Às vezes a criança rebelde.
Às vezes a legal, muitas vezes a insuportável.
Às vezes a realista. Às vezes a sonhadora demais.
Às vezes a carente. Às vezes a super independente.
Às vezes a namorada. Às vezes a sogra.
Às vezes a moleca. Raramente a mulher.
Às vezes a tempestade. Às vezes a calmaria.
Às vezes a batalhadora. Às vezes a derrotada.
Às vezes a apaixonada. Às vezes a desapegada.

Às vezes a nostálgica. Às vezes a de vanguarda.
Às vezes a esperta. Às vezes a lesada.
Às vezes a alegre. Às vezes a triste.

Às vezes o fim. Às vezes o começo e o recomeço.
Às vezes a paciente. Às vezes a irritada.
Às vezes a insana. Às vezes a coerente.
Às vezes a jóia. Às vezes a bijuteria.

Às vezes a partida. Às vezes a chegada.
Às vezes a amiga. Às vezes a inimiga.
Às vezes a inteligente. Às vezes a ignorante.
Às vezes a inexistente. Às vezes o centro do Universo
Às vezes o ar. Às vezes a falta dele.
Às vezes o ódio. Às vezes o amor.
Às vezes o coração. Às vezes a cabeça.
Às vezes o tudo. Às vezes o absoluto nada.

Às vezes vivo. Às vezes morro.