quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mãos dadas...

Ai essas mãos dadas...nunca achei que chegaria o dia em que eu fosse me importar com as tais mãos dadas, juro que não.

Sempre fui muito auto-suficiente para pensar que me faria falta algo tão "supérfluo", mas ultimamente anda fazendo muita falta, ou pior, me incomoda.

Sim, me incomoda não ter uma mão para andar por aí. É demasiadamente piegas, eu sei, mas sinto que, pela primeira vez na vida, me vejo com o coração livre, tão livre que acabou por se tornar solitário.
As mãos dadas são um sinal de carinho, respeito, algo extremamente íntimo que se torna público para que todos saibam que ali tem algo sério. Engraçado como algo tão simples tem um significado tão amplo. Passa me a sensação de companheirismo, amor, cumplicidade, amizade...união. Estar unido a alguém por livre e espontânea vontade. Passar os dias pensando em algo para agradar o outro. Mimar, ver filmes, fazer cafuné, rir juntos, as vezes chorar...um ombro amigo, noites mal dormidas, dividir a cama, o cobertor, a vida e toda essa gama de coisas ridiculamente lindas que os apaixonados fazem.
Acho que sensibilidade anda meio que a flor da pele, sabe, como aquela música "ando tão a flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar". Esses dias frios faz falta um cobertor...
Sim, admito que quero uma mão mais que amiga só para mim!!! Cansei de fingir não me importar com isso. Cansei de parecer tão independente, durona. Cansei de me sentir tão sozinha. Hoje quero sim compartilhar meus dias, e principalmente minhas noites, sei que demanda tempo encontrar alguém especial que realmente valha a pena pensar em algo mais. O importante é que hoje sinto que estou preparada para dar as mãos a alguém.